Local: Auditório
Resumo: A UFBA, em seus 70 anos, veio cumprindo a sua função social, o que pode ser constatado nos anais acadêmicos, e o fez adapatando-se as determinações da economia política. O balanço da produção do conhecimento e, das demandas dos Movimentos, nos permitem reconhecer que se faz necessária uma reconceptualização desta relação UNIVERSIDADE E MOVIMENTOS POPULARES DE LUTA SOCIAL. São exigidas outras relações e categorias teóricas. Não mais relações assistencialista, diálogos subordinados, o discurso da inclusão social para alivio da pobreza. Não mais categorias que ocultam as leis gerais do capital que vem destruindo forças produtivas, o caráter do estado burguês e, a luta de classes. Não mais problemas cujas respostas servem para acomodar os Movimentos às medidas neoliberais no plano da economia politica, e que sustentam redes produtivas comunitárias, onde os trabalhadores tem seus direitos arrebatados pela eliminação dos custos sociais e pela retirada das responsabilidades do Estado, sem garantias de previdência, assistência, saúde, meios objetivos e infraestruturas necessários a produção e circulação de bens. A economia parasitaria, rentista no Brasil está destruindo forças produtivas – trabalho, trabalhador e natureza -, a democracia não esta consolidada e, avançam golpes para retirar direitos e consolidar a politica neoliberal, imperialista, o que altera o panorama das lutas populares e sociais. Alteram-se, também, as perspectivas de intervenção dos trabalhadores e das trabalhadoras da cidade e do campo. Urge, portanto, constituir um Fórum que delimite esta matriz de problemas, indique caminhos investigativos, para o ensino, pesquisa, extensão e, fundamentalmente, outra relação emancipatória entre Universidade e Movimentos Populares de Luta Social. Portanto, contemplar esta Matriz de Problemas, que exigem respostas de conjunto, com unidade teórico-metodológica coloca a UFBA frente a necessidade de unificar suas unidades, de repensar seu modelo departamentalizado, baseado nos acordos MEC-USAID, implementado durante o regime empresarial-militar. A Matriz de problemas, responderá, não mais a problemas relacionados com a adaptação a politica econômica neoliberal mas, sim, problemáticas vitais à humanidade, e portanto, necessárias de serem consideradas por todas as unidades da UFBA, na perspectiva da emancipação social e humana. Estas problemáticas estão expressas nas reivindicações de movimentos libertários ou emancipatórios, ou movimentos de luta social (índios, quilombolas, negros, mulheres, jovens, minorias em geral; nas lutas populares urbanas e rurais de associações, sindicatos, partidos, por transporte, mobilidade, moradia, esporte, lazer, nas associações civis e comunidades de base religiosas ou não; na luta pela terra, pela reforma agrária, pelas questões ambientais, mobilidade urbana, moradia, passando pelas questões dos direitos humanos – segurança, educação, saúde, as questões de gênero, de opção sexual (LGBT), até a soberania alimentar, a agroecologia, a agricultura familiar, agricultura campesina. Portanto, a proposta do Fórum é convidar, reunir, mobilizar e organizar os Movimentos Populares de Luta Social, para um diálogo permanente com a UFBA e suas 33 Unidades sobre as mudanças estruturais e conjunturais. Esta é uma das principais tarefas da UFBA engajada na luta por transformações sociais rumo a outro modo de produção e reprodução da vida humana. Isto passa pela sua própria transformação e reconceptualização.