Local: Sala de Vídeo Conferência (Instituto de Geociências)
Resumo: O Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da UFBA completa, em 2016, 43 anos de existência. Entre 1974 e 2015, titulou 354 doutores e 565 mestres, sendo cerca de 10% estudantes estrangeiros. As pesquisas realizadas no âmbito do PPGSC têm tido importante impacto bibliométrico, sendo publicadas nas mais prestigiosas revistas científicas. Além disso, docentes e discentes do PPGSC têm demonstrado um forte compromisso com a formulação e a implantação de políticas e programas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Como reconhecimento dessa trajetória, o PPGSC mantém, desde 2007, a nota máxima (sete) na avaliação da Capes, sendo o único programa de pós-graduação a ter obtido essa distinção em toda a região norte-nordeste do país. Curiosamente, essa história de êxito acadêmico não tem sido suficiente para influenciar de modo decisivo a condução das políticas de saúde em Salvador, na Bahia e no Brasil. Com efeito, a cidade, o estado e o país ainda estão longe de oferecer às suas populações uma atenção à saúde de boa qualidade técnico-científica, humanizada e equânime. Trata-se, aparentemente, ao menos, de uma situação paradoxal: como uma área de ciências aplicadas alcança a excelência acadêmica e, ao mesmo tempo, não consegue influenciar positivamente a implantação de políticas? Nesse sentido, é interessante analisar os determinantes, tanto das conquistas acadêmicas, quanto dos desafios da tradução em termos de políticas públicas do conhecimento produzido e da formação profissional em Saúde Coletiva. Esse é o propósito do presente trabalho.